terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Crime adiado -- autocolante/32

Crime adiado

Não, não se trata de sectarismo, má vontade ou embirração.

O Partido Socialista absteve-se quando da proposta sobre a Directiva do Tempo de Trabalho feita no Parlamento Europeu. O partido dito socialista roça sem pudor pelo neo-fascismo moderado, moderado como designa o seu socialismo. Pretendia que a proposta fosse aprovada sem dar a entender que se encontrava no mesmo chafurdo.

«Declaração de Voto sobre a Directiva do Tempo de Trabalho no Parlamento Europeu pela Deputada do PCP, Ilda Figueiredo:

É uma importante vitória da luta dos trabalhadores a derrota que hoje o Conselho Europeu sofreu no Parlamento Europeu, não tendo conseguido que passassem as suas inadmissíveis propostas de alteração da directiva do tempo de trabalho, que punham em causa conquistas de mais de cem anos de duras lutas laborais. Destacam-se os casos em que pretendiam o prolongamento da jornada média de trabalho para as 60 e 65 horas semanais, a criação do conceito de "tempo inactivo de trabalho", que não seria considerado como tempo de trabalho e o ataque ao movimento sindical. Tudo isto foi rejeitado, o que também é uma derrota do governo do PS/Sócrates que se tinha abstido na posição do Conselho.

Depois da votação de hoje no Parlamento Europeu, a proposta do Conselho não pode entrar em vigor. Mas pode abrir novas negociações com o PE, ao contrário do que aconteceria se tivesse sido aprovada a proposta de rejeição que o nosso Grupo apresentou e que defendemos.

Por isso, apesar da importante vitória conseguida, não acabou a guerra contra a proposta do Conselho e algumas posições reformistas que se mostram disponíveis para aceitar algo em futuras negociações.

Vamos manter-nos firmes na posição de rejeição e apelamos à vigilância dos trabalhadores e suas organizações sindicais».
Se não estivermos atentos o Partido Socialista acabará por impor as "Praças de Jorna."
Não é que lhe não falte vontade.

1 comentário:

Fernando Samuel disse...

As praças de jorna e... upa, upa...


Um abraço.