terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Pacto de Omertá ou a Lei do Silêncio



Pacto de Omertá ou a Lei do Silêncio

Os louros do Oliveira e Costa repousaram muitos dias à sombra do loureiro. O Oliveira e Costa não sabia que loureiro em excesso é tóxico. O Oliveira, como banqueiro, utilizou os famigerados produtos tóxicos que envenenaram todo o seu circuito financeiro. Com os oliveiras costas, dias loureiros e outros banqueiros trapaceiros evaporaram-se milhões e o Oliveira foi de cana.

Mas

O Oliveira sabe.

Ele conhece a eloquência do silêncio como arma de defesa.

Ele sabe que a denúncia se chama boomerang.

Ele sabe que os banqueiros de raiz para evitarem terrenos minados utilizam cobaias.

Ele sabe que foi, é, no universo dos milhões um homem de palha e os homens de palha são para queimar quando o sistema falha.

Ele sabe que rapado chega a aprendiz de banqueiro com a cumplicidade de banqueiros de raiz.

Ele sabe que subiu onde nunca sonhara, caindo no fosso da sua ambição, e que sozinho não conseguirá de sair.

Ele sabe que não pode nem deve denunciar os que têm poder para o ilibar.

Ele sabe que é perigosíssimo desvendar ligações.

Ele conhece a força dos milhões.

Ele sabe que cego, surdo e mudo tem garantido um faustoso futuro.

Ele sabe que eles sabem que ele sabe. Sabe muito!

E… ele sabe que se falasse podia ficar afónico.

Ah! Ele sabe que o PSD e o PS consideram que fez muito bem em não falar e que na opinião da deputada Zita laranja, a ida de Oliveira e Costa à Assembleia foi «a maior cedência do Parlamento ao populismo de esquerda, desde o PREC», que «exibir um banqueiro preso nos Passos Perdidos» - coisa pela primeira vez acontecida agora - «era o sonho de todos os revolucionários a seguir ao 25 de Abril»...

Nós também sabemos que foi um escândalo levar preso aos Passos Perdidos um banqueiro, mas não devemos desesperar porque um dia que haja justiça, que não seja de classe, basta que a polícia investigue e a justiça recupere a visão para que os burlões não voltem a sujar o Parlamento.

Mas

A máquina de branqueamento começou a funcionar. A Lusa fornece o detergente e o DN, pressuroso e comovido, transcreve em destaque o quefonte próxima de Oliveira e Costa” -- que poderá ser outro qualquer burlão da cela contígua – afirmou: o ex-banqueiro encontra-se “extremamente debilitado”; então, diligentes as autoridades levaram-no a fazer exames médicos e radiografias, tendo sido observado também no EPL por um neurocirurgião e um médico cardiologista. A “fonte” – a trapaça escorre sempre de uma “fonte” – onde a Lusa foi beber, esclarece ainda que “se regista um agravamento do estado de saúde que a própria família desconhecia”.

Os serviços prisionais proporcionam, e é justo que o façam, cuidados de saúde, de tal modo eficientes, que qualquer um de nós quando se sentisse debilitado deveria praticar uma falcatrua que o levasse ao chilindró o tempo suficiente para ao sair se sentir como novo.

A campanha do “coitadinho” está lançada; não tarda muito que o Oliveirinha nãomudar de ares e, quando se apanhar ao fresco, a recuperação não se fará tardar, tal como aconteceu àquele idoso “coitadinho” que se deu mal com o smog de Londres onde se exibia em cadeira de rodas e assim que o despejaram no Chile até saltava à corda.




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