quarta-feira, 28 de março de 2012

Suponhamos...

Suponhamos que sua santidade ia encontrar em Cuba, tal como no México, uma guerra de narcotraficantes onde pereceram cerca de 50 mil pessoas. Admitamos que na ilha onde os Estados Unidos mantêm uma câmara de tortura, condenada por todas as instâncias internacionais, o santo padre era confrontado com uma miséria abjecta vivendo paredes-meias com as maiores fortunas mundiais, como acontece no México. Imaginemos que na ilha onde os católicos professam livremente a sua religião e Marx é ensinado nas escolas o vigário de Cristo se confrontava com criminalidade a todos os níveis, e aberrantes injustiças sociais, como acontece no México.

Com que legitimidade o chefe de um governo, que se obrigado a pedir desculpa pelos milhares de crimes praticados pelos seus funcionários pedófilos e por perversões financeiras engendradas pelos banqueiros de cristo, critica as bases filosófica em que se rege um povo livre, há décadas agredido por um governo que pratica a rapina e semeia a destruição e a morte em nome de deus e do dólar.

Esta fotografia foi por mim tirada no Santuário da Virgem da Caridade onde os fiéis, tal como em Fátima, são livres de esfolar os joelhos. Ao fundo, junto ao Santuário, os sempre fiéis aguardam a sua vez para que a água que foram buscar seja benzida. Eu vi! E provavelmente também fui benzido. Seja o que deus quiser.

2 comentários:

Maria disse...

Sem supor, digo que este post é EXCELENTE!!!!!!
E que devia ir para o Face, que tem mais leitores...

Abraço.

trepadeira disse...

Ainda nunca entendi bem se benze ou excomunga.

Um abraço,

mário

Post scriptum:

O boneco vou divulgar com o devido agradecimento.