quinta-feira, 3 de maio de 2012

APRENDER A NÃO TRABALHAR

Eles avançam a Passos largos

«É preciso estar preparado para níveis de desemprego a que o país não estava habituado (…) durante pelo menos dois ou três anos
Nossa culpanossa máxima culpa.

Foi erro crasso, não nos “prepararmos para estes níveis de desemprego”. Há hábitos que devem ser cultivados, o desemprego, por exemplo, para não sentirmos de chofre esse desconforto. Não fomos habituados a viver sem emprego, sem acesso a meios de sobrevivência, e hoje estranhamos.

Vamos ter dois ou três anos de aprendizagem, nesta arte de bem viver sem nada fazer, que é o desemprego. Seremos sujeitos a uma actividade intensa no exercício desta matéria tão nobre, absorvente e cativante, da qual, com o engenho e arte que nos são próprios, sairemos diplomados com elevadas classificações nos mestrados e doutoramentos.

A cáfila, com o maior dos à-vontades, estabelece o tempo de tortura a que nos devemos “habituar”, - dois, três anos pelo menos - e, com a insensibilidade própria ao estatuto de verdugos de que se alardeiam, anunciam mais vergastadas e afinam novos torniquetes.

Não os preocupa se ou como poderemos sobreviver, é uma questão que lhes não diz respeito. É nossa a culpa por não nos termos preparado para o hábito de, tal como eles, viver à tripa forra sem trabalhar.

"A partir de 2013 tenderemos a absorver uma parte do desemprego, uma parte ainda pequena, e a partir de 2014 absorveremos uma fatia mais importante. Ou seja, temos que estar preparados para viver durante pelo menos dois ou três anos com níveis de desemprego a que não estávamos habituados, ele não vai desaparecer de um dia para o outro". PM

Estamos avisados, sabemos o que nos espera.
Vamos aceitar mais esta afronta de braços caídos?








2 comentários:

Olinda disse...

E os abutres teem lá sensibilidade!Os responsáveis pelo aumento de suicidios,são assassinos!Deveriam ser julgados por isso.E o povo que não acorda!

trepadeira disse...

Vamos deslocalizar a cambada ali para a fossa do Mindanau.

Um abraço,
mário