sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

PORQUÊ?


Que aos mais velhos falhe a memória e os jovens desconheçam que foi Mário Soares que abriu as portas ao gang que de então para nos atormenta, ainda se compreende.

Difícil de conceber é que os flagelados de hoje, sujeitos a reformas de fome ou funcionários públicos tratados como lixo, dêem aval aos seus próprios algozes.

De há 38 anos a esta parte PS/PSD/CDS têm sido os protagonistas dos roubos e escândalos de que temos sido vitimas. De então para em alternância ou coligados foram eleitos e reeleitos como se não tivessem espalhado o desespero rasgando todo o tecido social conquistado no 25 de Abril.

Aproximam-se eleições, o presente e o futuro anunciado são de exasperação, não para a função pública como para o sector privado, desempregados e pensionistas.
 
O que se passará na mente daqueles que se vergam e beijam a mão dos que os assolam?

ABRIL - cartaz/23


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A nossa saúde na roleta bolsista.

Espírito Santo Saúde entrou na Bolsa

Enquanto médicos e enfermeiros emigram o (B)ES-Saúde “entra na Bolsa”. Enquanto a Troika afirma que Portugal está no bom caminho e exige mais cortes salariais de 2 a 3%, com a nossa saúde, de dia para dia mais frágil, o (B)ES-Saúde entra na Bolsa. O BES, vírus endémico do nosso país, vendeu 11% da (B)ES-Saúde a gestoras norte-americanas. Os magarefes desbaratam o Serviço Nacional de Saúde para colocar no casino bolsista o nosso sofrimento, frutuoso negócio usufruído para além das nossas fronteiras.

Os negreiros que especulam com as nossas doenças aprofundando cada vez mais a vala que separa os muito ricos dos pobres e da classe média, têm na resignação dos que sofrem a sua melhor aliada.

Este governo, no seguimento da política dos que o antecederam, causa mais óbitos que as doenças oncológicas. Melhor que a quimioterapia é extirpar este tumor quanto antes.

ABRIL - cartaz/22

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O FMI NÃO ACREDITA

Como podem ver o "irreversível" já vem de longe.

«A social-democracia que defendemos visa a construção irreversível do socialismo»

«Governo diz que as reformas estruturais estão a resultar, mas o FMI não acredita»


Assim não nos entendemos! Como é que alguém no seu perfeito juízo pode não acreditar no Governo, nomeadamente o FMI? Sim! Que motivos teria o Governo para nos mentir? Hã?! Uma ou outra mentirola de vez enquando que importância poderá ter nas nossas vidas? Algumas inverdades mal camufladas em pré-campanha eleitoral, como preparação para falsidades cada vez mais agressivas, são perfeitamente naturais quando se é mentiroso compulsivo. Será que não nos havíamos apercebido que somos governados por mitómanos?
Segundo a Wikipédia o mentir patológico costuma começar por volta dos 16 anos. E é difícil convencê-los a aderir a um tratamento.
Esta é a grande questão. Como levá-los ao médico antes das eleições se para conseguir uma consulta de psiquiatria teremos que esperar meses? Não é que acreditemos que nãoproblemas para se conseguir uma consulta ou que não se morra por falta de assistência nas urgências, longe disso, quanto se é governado por serial killers a coisa até é natural.
Mas não será que o que eles pretendem mesmo é aniquilar-nos ou dar connosco em doidos? Se os observarmos individualmente dissipamos quaisquer dúvidas.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A Dona Assunçã

 

A Dona Assunção lançou a bisca (aqui). A dona Assunção inconseguiu os seus objectivos. A dona Assunção comporta-se como se fosse presidente da assembleia do Grupo Excursionista os Farta Brutos que para comemorar o aniversário da última patuscada pede ao talhante e ao merceeiro que contribuam para a burricada. A dona Assunção podia ter ficado a trabalhar na alfaiataria do papá a casear e pregar botões nos albornozes. Mas não! A dona Assunção reformada aos 42 anos, que quando fala ninguém a entende (ver vídeo), zanga-se e chamacarrascos” aos que protestam nas galerias e inconseguiu até hoje entender qual a dimensão do 25 de Abril de 1974. A dona Assunção, , .

A dona Assunção devia procurar mecenas que pagassem os juros de 50 milhões de euros que desembolsamos mensalmente devido à política do seu partido.


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

À guisa de profecia


Próximos do banquete, gulosos e famintos os jotasmuito que salivavam, e quanto mais se aproximava o odor do dinheiro mais se lhes ferrava a gula. Não se tratava de um simples assalto feito por qualquer bandoleiro, era um país inteiro a explorar, dez milhões de cidadãos a quem extorquir o fruto de toda uma vida de trabalho, uma bênção ao dispor de eleitos.

O capital observava e punha-os à prova e, testes aferidos, deu-lhes luz verde para o assalto. Tendo um PS disponível para continuar o saque pouco lhes importava destruir o PSD, e antevendo que a canalha menor seria corrida e o partido esfrangalhado, havia que lhe dar continuidade com colorido diferente e as vitimas dos jotinhas.

Capucho é o catalizador, o crucificado, outros capuchos e capuchinhos sairão a terreiro para o ressuscitar, recordar e chorar o calvário que tem percorrido.
O ensaio do folclore está. Mais congressos em que são especialistas, arruaça e troca de insultos, ameaça ou formação de outro partido.

Entretanto o caos económico e social está para ficar e o sofrimento de todo um povo vitima dos corruptos sitiados no arco do poder, não os incomoda.

MFA - cartaz/7

 AMANHÃ 13 de FEVEREIRO ÀS 18H00
encontro com as sentinelas do Povo


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

ABRIL - cartaz/15

As duas mulas coxas


As duas mulas coxas

«Trata-se de irmãos siameses em litígio porque excessivamente unidos»
Cadernos do Cárcere – António Gramsci

Com ou sem razão esta alimária, a mula, sempre foi e continua a ser muito mal conceituada, não pelos burros, os verdadeiros, esses que estão em vias de extinção. A mula tem o estigma da manha e, como se não bastassem os inúmeros epítetos pejorativos que acumula ‘pessoa reles, fingida ou matreira’, significa também doença venérea e correio de droga, mas principalmente, designa dissimulação onde reina a hipocrisia.

As estórias que o meu amigo Elias gosta de contar encaixam sempre no que o cerca, e embora a sua imaginação me espante, não se cansa de afirmar que a ficção nunca conseguirá ultrapassar a realidade.

O entusiasmo que põe na narrativa das suas “duas mulas coxas” faz-me sorrir e pensar; sim, porque estórias para entreter e que não nos façam reflectir, não fazem parte do seu reportório.

Com um sorriso matreiro, o meu amigo Elias dá, assim, início à sua estória: Era uma vez uma carroça puxada a duas mulas coxas, cada qual atrelada a seu varal, mancando cada uma para seu lado. A da esquerda, como lhe saltaram os cravos da ferradura da pata direita, (os outros cravos desdemuito que os não tinha), claudicava para o lado direito, e a do varal contrário simulava coxear para a esquerda porque, mula que era, fingir sabia.

E, assim, tropeço aqui, tem-te não caias acolá, desaguisado aparente frente às câmaras de televisão, seguiam um percurso comum sem interromper a marcha. E porque usavam espessos antolhos, escoiceavam às cegas procurando atingir quem as apupasse.

Pedi desculpa ao narrador pela interrupção, mas não resisti em lhe perguntar o que é que transportavam na carroça e a quem se destinava a carga, e encostando-se a mula sinistra tanto à direita por que razão não as colocavam num varal bem ao centro?

Os dois varais dissimulam a alternância. A carga mais delicada destina-se a garantir aos Bancos impostos baixos e salários de miséria para quem trabalha à mistura com muitas promessas a caminho do esquecimento.
Como carga suplementar, podem ser vistos enormes sacos repletos de demagogia, rolos de desfaçatez para embrulhar os menos atentos e discursos enfadonhos, repetindo a lengalenga habitual.

As mulas zurram todas na mesma frequência, diferem nos decibéis.

ENTRETANTO HÁ QUEM LHES APERTE O FREIO.