quinta-feira, 30 de março de 2017

As mandíbulas do capital



O Congresso Brasileiro aprovou a lei de terceirização para todas as atividades económicas o que facilitará a contratação precária dos trabalhadores.
 
(os lobos estilhaçam a presa)

A partir de agora qualquer trabalhador/a está sujeito à contratação precária, sem direito a reforma, férias, salário mínimo, subsídio de desemprego, negociação coletiva, saúde e segurança no trabalho e vários outros direitos, além de minar toda a organização sindical.

Cerca de 200 milhões de brasileiros regressaram ao esclavagismo, cresce a revolta e diminuem as condições para fazer face à repressão.

Que proporão os “revolucionários” que não defendendo objetivamente o governo eleito, ajudaram a abrir as portas aos escravocratas?


- Construir o Poder Popular com o proletariado algemado! -
“Basta de ingenuidade, mistificação e esperteza. A hora é de juntar forças tendo como núcleo central o campo proletário, de forma a que possamos reverter o domínio burguês e construir o Poder Popular.”
Edmilson Costa, Secretário Geral do PCB - 28/Março/2017
ou Arnaldo Matos? 

quarta-feira, 29 de março de 2017

Um símbolo inegável

Foram os reis e os guerreiros os primeiros a serem imortalizados em túmulos ricamente esculpidos, mais tarde os senhores do conhecimento tomaram-lhes o lugar, hoje, condições excecionais têm permitido a que indivíduos vindos de extratos sociais baixíssimos sejam também consagrados como símbolos do povo a que pertencem.
Os méritos que os guindaram a tão alta dignificação serão sempre discutíveis, não se ignorando no entanto o aproveitamento político subjacente a tão importantes decisões, tal como aconteceu com Sá Carneiro que foi um político meteórico, não deixou qualquer obra relevante e no entanto não se conhecem alarmismos quanto à designação do seu nome para o aeroporto de Pedras Rubras.

Para ser mais contundente, direi que a intelectualidade se sente ultrapassada, que aos poucos os “sábios”, os bem-falantes que até então se têm homenageado entre si, sentem-se como que humilhados por verem o seu espaço ocupado, mas se questionarem o povo, se a Amália ou o Eusébio estão deslocados no Panteão, a “ralé” nada terá a opor, até porque se crê representada. É gente que trabalhou e tem um pouco do que todos nós somos.

Mesmo que não queiram, sub-repticiamente tudo está a mudar, aceitem também mais esta mudança.


segunda-feira, 27 de março de 2017

Fotos a não esquecer

MENSAGEM E EMOÇÃO



Extraí esta fotografia de um jornal cujo proprietário é contrário ao “trabalho com direitos”; o nome do fotógrafo nem sequer é referido.

Emocionei-me!

Se não nos conseguirmos emocionar, não atingiremos a indignação e, consequentemente, a capacidade de agir.

Há sentido e sentimento nesta imagem. A protagonista não surge isolada e a mensagem eleva-se como expressão do sentir de todas as outras companheiras exploradas.

Assim se tece a consciência de classe.

sexta-feira, 24 de março de 2017

A guerra dos bárbaros

Ilustração de Irene Sá

Para os senhores da guerra acabaram-se as fronteiras; soldados das forças armadas quanto baste para enquadrar mercenários disseminados por todos os continentes, globalizar a intranquilidade e o medo tendo como principais vítimas as estruturas sociais e as populações em particular. É a tática.

Relatar à exaustão os feitos da barbárie sem especificar que tudo se passa no sistema político que defendem, sem referir que tudo acontece dentro da lógica capitalista.

Os media, guarda avançada dos esquadrões da morte, abrem-lhes o caminho e são sua retaguarda ao ignorar ou justificar a carnificina perpetrada, vitimando-os.

Teme-se uma nova guerra, subterfugiu para não considerar como bélica a carnificina em que nos encontramos envolvidos, como se milhões de seres humanos fugidos dos bombardeamentos e, tantos milhões morrendo literalmente de fome, não fossem vítimas de um sistema sanguinolento que só assim sobrevive.

O capitalismo tem sido, é e será sempre o terror institucionalizado.
É UMA CONSTAÇÃO!